A minha mesa de café, o meu banco de jardim, o meu muro de lamentações, a minha varanda para o mundo

domingo, 24 de abril de 2011

Boca de Ressureiçao

Solto os galgos doidos dos meus olhos
Que vão , em correria alucinada,
Espojar-se nos lilases que te jazem sob os pés.
.

Faz-se líquido , o cristal redondo do meu corpo
A desprender-se em gotas demoradas
No acetinado rosa dos teus dedos.
.

De ti parto e a ti volto. Sempre.
E , já não sei se és pátria
Ou a terra dos meus degredos.

Sei que, em ti repousa a luz inequívoca dos meus sonhos.
Ao teu corpo vão esbarrar os meus soluços
A ti, me vejo amarrada, com a alma de bruços.

a alternar sussurros de oração com clímaxes medonhos..

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