Solto os galgos doidos dos meus olhos
Que vão , em correria alucinada,
Espojar-se nos lilases que te jazem sob os pés.
.
Faz-se líquido , o cristal redondo do meu corpo
A desprender-se em gotas demoradas
No acetinado rosa dos teus dedos.
.
De ti parto e a ti volto. Sempre.
E , já não sei se és pátria
Ou a terra dos meus degredos.
Sei que, em ti repousa a luz inequívoca dos meus sonhos.
Ao teu corpo vão esbarrar os meus soluços
A ti, me vejo amarrada, com a alma de bruços.
a alternar sussurros de oração com clímaxes medonhos..
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