Um sociólogo, um bioquímico, um biólogo, um sexólogo, um politólogo, um geógrafo, um escritor, um músico, um padre, dois arquitectos: a Pública desafiou vários especialistas a imaginarem como será daqui a 100 anos o Portugal que hoje vai a votos e que na próxima sexta-feira celebra o seu Dia Nacional. O exercício que se segue, liberto do espartilho do rigor científico, é uma visão, necessariamente fragmentada, de um país que será mais pequeno, mais velho, estará fora da União Europeia e do euro. Mas também será mais democrático, mais evoluído e menos poluído.
Teremos casas evolutivas que se adaptam aos desejos do corpo, “sprays” em vez de roupa para nos protegermos do frio, das bactérias, dos ultravioletas e até da radioactividade. A comida – que também será medicamento – andará nos nossos bolsos em versão desidratada e compactada. Seremos 10,5 milhões em 2111, depois de termos descido aos 8,7 milhões em 2031, teremos comunidades de idosos felizes no Alentejo, seremos chamados a participar nas decisões políticas no âmbito de uma instância de governação à escala mundial. Neste país inventado, os homens rezarão com palavras novas que hoje consideramos improváveis. Agradecerão a Deus as palavras de São Tomás de Aquino e Fernando Pessoa, a música de Mozart e as formas de Siza Vieira. “Dar-se-á mais tempo ao silêncio e à alegria.”
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