A minha mesa de café, o meu banco de jardim, o meu muro de lamentações, a minha varanda para o mundo

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Digam la se nao lhes apetece ser congelados quando morrerem para poder voltar

Um sociólogo, um bioquímico, um biólogo, um sexólogo, um politólogo, um geógrafo, um escritor, um músico, um padre, dois arquitectos: a Pública desafiou vários especialistas a imaginarem como será daqui a 100 anos o Portugal que hoje vai a votos e que na próxima sexta-feira celebra o seu Dia Nacional. O exercício que se segue, liberto do espartilho do rigor científico, é uma visão, necessariamente fragmentada, de um país que será mais pequeno, mais velho, estará fora da União Europeia e do euro. Mas também será mais democrático, mais evoluído e menos poluído.

Teremos casas evolutivas que se adaptam aos desejos do corpo, “sprays” em vez de roupa para nos protegermos do frio, das bactérias, dos ultravioletas e até da radioactividade. A comida – que também será medicamento – andará nos nossos bolsos em versão desidratada e compactada. Seremos 10,5 milhões em 2111, depois de termos descido aos 8,7 milhões em 2031, teremos comunidades de idosos felizes no Alentejo, seremos chamados a participar nas decisões políticas no âmbito de uma instância de governação à escala mundial. Neste país inventado, os homens rezarão com palavras novas que hoje consideramos improváveis. Agradecerão a Deus as palavras de São Tomás de Aquino e Fernando Pessoa, a música de Mozart e as formas de Siza Vieira. “Dar-se-á mais tempo ao silêncio e à alegria.”

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